O Irã lançou mais de 100 drones contra Israel na manhã desta sexta-feira (13) em resposta a um bombardeio israelense realizado horas antes que matou os principais líderes militares iranianos e dois cientistas do programa nuclear do país.

A ofensiva marca uma escalada significativa nas tensões entre os dois países, que já vinham se intensificando nas últimas semanas.

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A ação iraniana foi confirmada pelo porta-voz militar de Israel Effie Defrin, que afirmou que o sistema de defesa aérea israelense foi ativado para interceptar os artefatos. 

O Exército informou ainda que a maioria dos drones foi neutralizada antes de atingir o território, e que o país permanece em estado de alerta. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu orientou a população a permanecer próxima de abrigos antibombas e declarou que a situação está “sob controle temporariamente”.

Os drones foram lançados em retaliação a um ataque aéreo israelense realizado na madrugada de sexta-feira (horário local), que matou o chefe da Guarda Revolucionária do Irã Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas, o general Mohammad Bagheri. 

Também morreram os cientistas Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoon Abbasi, ligados ao programa nuclear iraniano. A operação, batizada de “Leão em Ascensão”, mobilizou cerca de 200 caças israelenses e atingiu aproximadamente 100 alvos estratégicos, incluindo instalações militares e nucleares.

O Irã classificou o bombardeio como uma “declaração de guerra” e enviou uma carta à ONU pedindo uma resposta imediata do Conselho de Segurança. O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança, afirmando que o “regime sionista” receberá uma resposta “amarga e dolorosa”. O governo iraniano também acusou os Estados Unidos de cumplicidade nos ataques e declarou que Washington “também arcará com as consequências”.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, confirmou que o país realizou um ataque preventivo diante do que chamou de “ameaça iminente” representada pelo programa nuclear iraniano. Segundo autoridades israelenses, o Irã estaria próximo de produzir urânio suficiente para até 15 bombas nucleares.

A mídia estatal iraniana relatou explosões na capital, Teerã, e em outras regiões do país, além de danos em áreas civis. Entre os locais atingidos por novos bombardeios israelenses estão uma usina nuclear em Natanz e um aeroporto militar em Tabriz. Após os ataques, o espaço aéreo israelense foi fechado e aglomerações públicas foram proibidas como medida de segurança.

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