Grade de Programação 1o69a

Esta semana o Estação Livre conta um pouco da história do povo preto, através das memórias que nos são contadas. Personagens, lugares, eventos e até a descoberta de um possível sítio arqueológico no bairro do Bixiga (onde se situava um antigo quilombo chamado Saracura) nos ajudam a entender o apagamento de nossas histórias e as lutas para que essas memórias sejam resgatadas. Convidados: Oswaldo Faustino (jornalista e escritor) e Raissa Albano de Oliveira (educadora e antropóloga) Oswaldo Faustino http://www.letras.ufmg.br/literafro/autores/362-oswaldo-faustino#:~:text=Nascido%20em%20Mairinque%2C%20no%20interior,como%20rep%C3%B3rter%20por%2026%20anos. Raissa Albano de Oliveira https://cartografianegra.com.br/pesquisadores/ Reportagens: • VT Quilombo Saracura As obras do metrô no Bixiga, em São Paulo, trouxeram à tona uma informação que muita gente ali já conhecia: naquela região havia um quilombo chamado Saracura. A equipe de arqueologia que acompanha as escavações identificou vestígios da resistência preta e, agora, existe uma mobilização para que as obras sejam interrompidas e o patrimônio preservado. • VT Podcast História Preta No ar desde 2019, o podcast História Preta lança luz sobre eventos e personagens que foram apagados com o ar dos anos. O idealizador do projeto, Thiago André, até pouco tempo era militar na Marinha. Atualmente, graças à boa audiência e ao financiamento coletivo, pode se dedicar exclusivamente ao podcast. • VT Cultne Quando a gente fala de apagamento da história do povo preto no país, não estamos falando apenas de livros e documentos... Mesmo na história mais recente existe uma escassez de notícias e imagens.... E é por isso que a plataforma Cultne mantém um acervo digital com mais de 40 anos de registros da memória negra do país. • VT Exposição Memórias do Futuro Está em cartaz, em São Paulo, a exposição "Memórias do Futuro - Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência", que reúne 450 objetos, entre fotos, cartazes e documentos. A mostra faz uma trajetória da luta pelos direitos da população negra em São Paulo, desde os tempos da escravidão até os dias de hoje. • VT Madrinha Eunice Um projeto da prefeitura de São Paulo previa a instalação de 5 estátuas de personalidades negras pela cidade. Dessa vez vamos contar um pouco a história de Madrinha Eunice. A estátua fica no bairro da Liberdade e para quem não sabe, Madrinha Eunice é a matriarca do samba paulistano. • VT Giba Giba Fundador da primeira escola de samba do Rio Grande do Sul, o ativista e músico Giba Giba é um personagem fundamental para a cultura preta gaúcha... Morto em 2014, ele também é responsável por preservar a memória do tambor conhecido como "sopapo", instrumento típico da região. • VT João do Vale João do Vale não precisou de mais de dois discos lançados para gravar seu nome história na música brasileira e se consagrar como um ícone da cultura do maranhão... O compositor, morto em 1996, eou por vários gêneros musicais e lançou clássicos como o xote "Pisa na Fulô" e a canção de protesto "Carcará". • Povo Fala Fomos às ruas saber se os moradores do Bixiga e bairros vizinhos sabem que ali existia um quilombo chamado Saracura e que vestígios desse quilombo foram encontrados nas obras do Metrô na região.

Projeto musical apresentado nas estações de metrô de São Paulo, “Músicos de Rua” faz parte das ações de Cultura no metrô e oferece à população som de grande qualidade, gratuito e em local público de amplo o. Felipe e Tuti embarcam nos vagões do metrô de São Paulo para revelar alguns desses talentos musicais que estão colocando a cultura sonora de São Paulo nos trilhos.

SILK (FAQUIR)//AOS VINTE ANOS REALIZOU SUA PRIMEIRA FACANHA:FICOU DOZE DIAS ENTERRADO VIVO EM FLORIANOPOLIS,DEPOIS DISSO FOI COLOCADO ALGEMADO E COM OS PES ATADOS DENTRO DE UMA CAIXA METALICA E FOI JOGADO NO RIO GUAIBA:FILIADO AO SINDICATO DE ILUSIONISMO E TRABALHOS CIENTIFICOS DE PARIS,POR QUATRO VEZES BATEU O RECORD MUNDIAL DE RESISTENCIA FISICA A FOME.EM MAIO DE 1980,JA COM CINQUENTA E OITO ANOS(58)CONSEGUIU BATER SEU PROPRIO RECORD DE JEJUM-FICOU 115 DIAS SEM COMER ACOMPANHADO DE COBRAS E DEITADO EM CAMA DE PREGOS

Convidados: Mario Chamie e Nelson de Oliveira • Chamie: A poesia práxis é considerada um movimento de vanguarda. O que é práxis? • Nelson: Você criou o conceito de Geração 90. O que isso tem a ver com a ideia de vanguarda ou movimento? • Chamie: Ao contrário da poesia concreta, que teve vários seguidores, ficou associada apenas a seu nome. Práxis teve seguidores? Foi um movimento ou uma proposta individual? • Nelson: A rubrica Geração 90 foi acusada de ser mais publicitária do que estética. Ela nasceu de um consenso entre os participantes ou foi uma atitude promocional? • Chamie: Num ensaio de A Palavra Inscrita, vc sugere que a poesia práxis teve influência sobre artistas como Glauber Rocha, José Celso Martinez Corrêa, Osman Lins, Ferreira Gullar e Chico Buarque. Eles reconheceram essa influência? • Chamie: Que caminhos tomou sua poética após práxis? Pegando carona na pergunta do Claudiney, hoje vc é mais ensaísta ou poeta? • Nelson: Você parece beber numa fonte muito diferentes dos escritores da prosa urbana contemporânea, em autores como Murilo Rubião e Campos de Carvalho. Existem linhagens ocultas na literatura brasileira? Você se filia ao surrealismo? (pedir para contar sobre as cartas anônimas e performances de que foi alvo) • Nelson: O que caracteriza a polêmica de hoje? Existe ponto de vista crítica ou é guerra de vaidades? • Chamie: A crítica literária olha para além do mercado, do sistema editorial e dos autores midiáticos? • Nelson: A ensaísta Flora Sussekind associou a micronarrativa e as personagens de identidade instável da literatura contemporânea à perda de sentido de realidade, a uma infraestrutura econômica instável, rarefeita, dominada pela espiral financeira. Nesse contexto, ela cita Subsolo Infinito. Vc se encaixa nesse perfil? Mais que isso: os escritores contemporâneos têm esse grau de reflexão? • Chamie: Como criador de uma proposta poética de cunho também político, a poesia tem hoje algum poder de intervenção na cena cultural ou social? Ela traduz o contexto? • Chamie: Você foi prejudicado por sua atuação política? Você aceitaria um cargo político num governo do PT ou do PSDB? A intelectualidade desses partidos tem autoridade moral para condenar sua participação na gestão do prefeito Reynaldo de Barros? • Nelson: Qual os significado dos blogs e das festas literárias? Elas não criam um ambiente festivo, em que a literatura concilia com o mundo, ao invés de problematizá-lo? • Chamie: Seu romance Pauliceia Dilacerada – que fala do impacto devastador da atuação pública sobre a vida de Mário de Andrade – é uma resposta ao massacre e ao esquecimento que você mesmo sofreu? Você buscou um paralelo entre a atuação de Mário de Andrade e a sua?